Efeito tartaruga: o que leva à ejaculação retardada
Efeito tartaruga: o que leva à ejaculação retardada

Efeito tartaruga: o que leva à ejaculação retardada
Segundo os “manuais de virilidade”, macho que é macho segura o choro e o gozo. Também na pornografia, referência sobre o que é ser “profissional” entre quatro paredes, os pênis são enormes e muito resistentes. Então, qual cidadão comum não se orgulharia de aguentar uma hora de penetração? Que parceira (o) reclamaria de tamanha disposição?

Ao contrário da ejaculação precoce, a dificuldade ou incapacidade de gozar no sexo não costuma ser levada a sério. Mas é uma disfunção sexual que afeta cerca de 5% dos homens. Não se trata de uma demora consciente – tipo quando o cara pensa na morte da bezerra pra, por exemplo, esperar que a outra pessoa chegue ao orgasmo antes.

Quem sofre de ejaculação retardada está excitadíssimo e QUER finalizar, mas NÃO CONSEGUE. Ou só chega lá depois de muuuuito esforço, várias posições e vaivém no ritmo de uma britadeira. Fica inconvenientemente exaustivo pra ambos. Aliás, pode machucar a mulher: haja lubrificação (e creme anti-assaduras) pra tanta fricção.

Quanto tempo é demais? Não dá pra ser tão específico assim, não. Em média, de acordo com estudos, uma relação sexual dura cinco minutos*, sem contar as “preliminares”. Ou seja, consideram o intervalo entre o início da penetração e a ejaculação. Se o cara fica dez, quinze, vinte minutos segurando porque tem autocontrole, beleza. Agora, se causa angústia porque ele quer gozar e não consegue, aí temos um problema.

Não que seja uma questão de saúde propriamente dita, mas pode interferir tanto na qualidade de vida quanto nos relacionamentos. Algumas mulheres imaginam que o parceiro esteja sendo infiel e outras, que não são atraentes ou “boas de cama”. Pra todos nós, a ideia de “enlouquecer” o outro de prazer reforça a autoestima. Acontece que, na maioria das vezes, a ejaculação retardada não tem nada a ver com algo que você fez ou deixou de fazer. As causas dessa disfunção sexual podem ser divididas em três grupos…

1)Física/Orgânica: diabetes, distúrbios hormonais, doenças neurológicas, envelhecimento, uso de antidepressivos e medicamentos específicos, drogas e álcool etc. Primeiro precisa descartar essa hipótese. Um médico urologista ou endocrinologista deve pedir um check up pra investigar como anda a saúde geral do paciente. Dependendo dos resultados, ele avalia qual o melhor tratamento.

2)Emocional/Psicológica: fase de estresse que dificulta o relaxamento e a concentração no sexo, ansiedade pelo próprio desempenho, problemas no relacionamento, traumas como abuso sexual, educação ou religião repressora, sentimentos como culpa por uma infidelidade, medo de ser flagrado etc. Se for um negócio persistente, o ideal é conversar com a (o) parceira (o) e também procurar a ajuda de um terapeuta.

3)Hábitos: pratica o coito interrompido (tirar o pênis da vagina pouco antes de ejacular) e se masturba com muita intensidade. Primeiro porque o cara pode ficar com medo de perder o controle e engravidar a mulher. Em segundo lugar, quem se acostuma com um estímulo forte e rápido das mãos no pênis acaba achando a pressão dos músculos vaginais “insuficiente”. Não à toa, muitos homens que demoram horrores no sexo conseguem gozar rapidinho quando estão sozinhos. A dica é se masturbar de um jeito menos hard core e usar lubrificantes ou géis que aumentam a sensibilidade – existem várias opções nos sex shops.

Sem mais delongas =)

*Este texto foi originalmente publicado na coluna da Nath no portal Bayer Jovens.

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